segunda-feira, 21 de maio de 2012

24 de maio: Dia Nacional do Cigano



Origem: Wikipédia


O Dia Nacional do Cigano é comemorado oficialmente no Brasil no dia 24 de maio. Foi comemorado pela primeira vez em 24 de maio de 2007, com uma programação especial da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir). Como parte da programação, foi lançado o carimbo e o selo cigano, pelas Empresas Brasileiras de Correios e Telégrafos (ECT), em homenagem ao fato histórico da participação do povo cigano na facilitação das comunicações. Também foi feito o anúncio da Cartilha de Direitos da Etnia Cigana, por meio da Secretaria Especial dos Direitos Humanos. O povo cigano inclui os Roms, Sintos e Calons, todos originados de um povo nômade oriundo do norte da Índia. 
O Dia Nacional do Cigano foi instituído em 25 de maio de 2006 por meio de decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em reconhecimento à contribuição da etnia cigana na formação da história e da identidade cultural brasileira. No calendário cigano, o dia 24 de maio é dedicado a Santa Sara Kali, padroeira dos povos ciganos.



25 de maio: Dia da África é celebrado no Brasil e no mundo


Por Denise Porfírio
FONTE: Fundação Palmares


O Dia da África, comemorado nesta quarta-feira, 25 de maio, simboliza a luta dos povos do continente africano pela sua independência e emancipação, e representa a data da Libertação da África. Os negros do Brasil e do mundo celebram a oportunidade de medir os progressos, as dificuldades e as obras realizadas no continente conhecido como berço da humanidade.
Em 2011, Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, a data é celebrada como um marco contra as desigualdades raciais, políticas ou econômicas, valorizando e promovendo o legado que a África deixou para as civilizações que se constituíram com o seu povo.
ORIGEM - Passados 48 anos desde sua criação, em Addis Abeba, Etiópia, pela Organização de Unidade Africana (OUA), o dia tem um profundo significado na memória coletiva dos povos do continente africano. O ato da assinatura configurou-se no maior compromisso político de seus líderes, que visaram à aceleração do fim da colonização do continente e do regime segregacionista do Apartheid.
Instituído em carta assinada por 32 Estados africanos, o dia da África é a manifestação do desejo de aproximadamente 800 milhões de africanos de organizar, de maneira solidária, os múltiplos desafios na construção do futuro de uma África real, com seus governos e sonhos, além de desenvolvimento, democracia e progresso.
lançamento do livro “Flash of the Spirit”, de Robert Farris Thompson (edição em português).

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sugestão de Leitura: Relações Etnicorraciais e Afrodescendência


capa do livroExperiências étnico-culturais para a formação de professores
GOMES, Nilma Lino; GONÇALVES, Petronilha Beatriz (Orgs.). Editora: Autêntica
Pesquisadores nacionais e estrangeiros projetam suas interpretações sobre uma questão que está no centro das atenções de grupos de militância, estudiosos e políticos: a diversidade étnico-cultural. Dirigido aos professores e à sua formação, este livro pode auxiliar no debate sobre a educação e os processos de busca de identidade, nos quais estarão sempre presentes as tensões, os conflitos e as negociações entre os semelhantes e os diferentes. Adaptado de: www.autenticaeditora.com.br



capa do livroBantos, Malês e identidade negraLOPES, Nei Braz. Editora: Autêntica
Este livro reúne elementos históricos sobre a formação do Brasil em seu caráter étnico, identitário e cultural e mostra ao leitor as contribuições dos Bantos nesse processo. Além disso, Nei Lopes estabelece novos parâmetros sobre a relação entre islamismo e negritude. À guisa de seu envolvimento com a resistência cultural negra no Brasil e na África, apresenta ao leitor uma face da história ignorada por grande parte dos brasileiros. Fonte: www.autenticaeditora.com.br





capa do livroO que é racismo?
RUFINO, Joel .Editora: Brasiliense
"A raça negra tem comportamento psicológico instável e, por isso, não cria civilização." Alguns tentam provar que as diferenças sociais são determinadas por fatores biológicos. Outros explicam que o racismo surgiu da necessidade de justificar à agressão. Seria verdade? Faria o racismo parte da natureza humana? Neste livro, os primeiros passos para a compreensão deste fenômeno universal, suas modalidades e suas implicações sociais. Fonte: www.submarino.com.br





Mais sugestões de leitura? CLIQUE AQUI e acesse nossa fonte.

Sugestões de filmes para trabalhar na escola com a temática do negro



Quanto vale ou é por quilo? Direção Sergio Bianci, Brasil, 2005. Sinopse: Filme de ficção, baseado num conto de Machado de Assis. O filme traça um paralelo entre a vida no período da escravidão e a sociedade brasileira contemporânea, focalizando as semelhanças existentes no contexto social e econômico das duas épocas. A ação se desenrola nesses dois períodos históricos, ao mesmo tempo. Ao traçar esse paralelo entre o século XIX e o tempo atual, o filme questiona até que ponto a estrutura da sociedade brasileira realmente mudou da época colonial até hoje.
Quase Dois Irmãos. Direção Lucia Murat, Brasil, 2005. Sinopse: Retrata as diferenças raciais vividas entre prisioneiros brancos (presos políticos) e negros (presos comuns) no presídio da Ilha Grande, nos anos 70. Miguel é um Senador da República que visita seu amigo de infância Jorge, que se tornou um poderoso traficante de drogas do Rio de Janeiro, para lhe propor um projeto social nas favelas. Retrata o abismo entre brancos e negros na sociedade brasileira.
Na Rota dos Orixás. Direção: Renato Barbieri. Sinopse: O documentário apresenta a grande influência africana na religiosidade brasileira, mostra a origem das raízes da cultura jêje-nagô em terreiros de Salvador, que virou candomblé, e do Maranhão, onde a mesma influência gerou o Tambor de Minas.
Um grito de liberdade. Direção: Richard Attenbourough, 1987. Sinopse: Sobre a luta contra o apartheid, na África do Sul, enfocada sob o ponto de vista de um homem branco e de um negro.
Além de trabalhador, negro. Direção: Daniel Brazil, Brasil, 1989. Sinopse: Filme didático, que apresenta a trajetória do negro brasileiro da abolição até os dias atuais.
Vista a minha pele. Joel Zito Araújo & Dandara. Brasil, 2004. Sinopse: é uma paródia da realidade brasileira, para servir de material básico para discussão sobre racismo e preconceito em sala de aula. Nesta história invertida, os negros são a classe dominante e os brancos foram escravizados.
Quilombo . Direção Cacá Diegues. Brasil, 1984. Sinopse: num engenho de Pernambuco , por volta de1650 , um grupo de escravos se rebela e ruma ao Quilombo dos Palmares , onde existe uma nação de ex-escravos fugidos que resiste ao cerco colonial, entre eles Ganga Zumba , um príncipe africano . Tempos depois, seu herdeiro e afilhado, Zumbi , contesta as idéias conciliatórias de Ganga Zumba e enfrenta o maior exército jamais visto na história colonial brasileira .
 Outras sugestões? Clique aqui e conheça mais no Sintese

Homofobia na Comunidade Escolar



09/11/10



Por Carolina Nunes



O Rio de Janeiro participou da pesquisa “Homofobia na Comunidade Escolar”, estudo qualitativo realizado pela ONG paulista Reprolatina em 11 capitais brasileiras. O trabalho buscou conhecer a percepção de gestores, educadores e alunos da rede pública de ensino – com foco no Ensino Fundamental, do 6º ao 9º ano – sobre a situação da homofobia no ambiente escolar, visando dar subsídios ao programa Brasil sem Homofobia.



A pesquisa ouviu 1.400 participantes – dos quais 385 estudantes e 410 professores – e incluiu quatro escolas em cada capital – duas estaduais e duas municipais –, escolhidas entre as que obtiveram classificação superior a 75 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). A pesquisa da Reprolatina obteve resultados similares ao do estudo “Juventude e Sexualidade” realizado pela Unesco em 2004, que abrangeu diferentes aspectos da vida sexual dos jovens, incluindo a discriminação em relação aos homossexuais no ambiente escolar.



Ambas as investigações mostram a forte presença da homofobia na escola, embora ela seja negada, já que a população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) é pouco visível neste ambiente. No caso do levantamento da Unesco, mesmo que um grande número dos alunos tenha afirmado posições libertárias em relação à homossexualidade na escola, cerca de um quarto dos estudantes entrevistados afirmou que não gostaria de ter um colega homossexual. Na pesquisa da Reprolatina, por sua vez, foram recorrentes relatos do tipo “Tem que se respeitar o lugar onde você está. Se ele (aluno homossexual) não se mostra, não será agredido”, dito por uma autoridade escolar entrevistada. Ou “Não gosto de excessos quando é apelativo. Atrapalha a aula”, relato de um aluno.



“Quando os estudantes homossexuais não se mostram, são mais aceitos”, avaliou a presidente da Reprolatina durante o lançamento dos resultados do Rio de Janeiro. “Alguns dos entrevistados afirmaram achar que a escola é um ambiente igual para todos, alegando que os homossexuais são pessoas ‘alegres’ e bem aceitas por fazerem a alegria de todos, e que só não frequenta a escola quem não quer. A homofobia na escola é negada, primeiramente, pelo discurso que invisibiliza a presença de estudantes LGBT e, segundo, porque as expressões da homofobia são muitas vezes minimizadas ou neutralizadas. Deboches ou piadinhas não são percebidos como expressões homofóbicas”, revelou a presidente da Reprolatina, Margarita Díaz.



Se a presença de estudantes gays e lésbicas é invisibilizada nas escolas (sendo o segundo grupo ainda mais “invisível” que o primeiro), o que dizer das travestis? “Nos resultados referentes ao Rio de Janeiro, houve o reconhecimento de que a exclusão das travestis e transexuais representa um desafio para a escola. Percebemos a não aceitação ao uso do nome social, da maquiagem e do banheiro feminino por parte desses grupos. Sentimentos de nojo ainda predominam”, observou a coordenadora do estudo.

A pesquisa revelou ainda haver regras de namoro diferentes para alunos homossexuais e heterossexuais e a existência de discursos de repressão para manter a ordem. “Beijo na boca entre dois meninos ou duas meninas me choca”, relatou um dos participantes.



A investigação trouxe também à tona o discurso de que a diversidade sexual não deve ser realçada na escola ou ter um tratamento especial. E revela um desconhecimento total sobre os conceitos de gênero e orientação sexual. “Para a maioria dos educadores, orientação sexual significa educar e informar sobre gravidez e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)”, afirmou Margarita.
De acordo com a pesquisa, a homofobia na escola é tão “invisibilizada”, que a evasão escolar de estudantes gays e lésbicas é sempre justificada pela direção como sendo causada por fatores como o uso de drogas, nunca pela homofobia. E a evasão é apenas uma das consequências da discriminação apuradas pela pesquisa: na lista figuram ainda a depressão, a tristeza e casos de suicídio entre os estudantes LGBT.



“Esses indicadores não nos fizeram felizes, mas não há nenhuma novidade no que foi apresentado. Entretanto, nos mostrou que precisamos avançar cada vez mais com o combate da homofobia nas escolas. Dos 11 estados pesquisados, o Rio de Janeiro foi sem dúvida onde mais houve avanços em políticas públicas. Nós reconhecemos esses problemas e saímos na frente com este trabalho que antecedeu a realização da pesquisa. Temos um objetivo forte, de reduzir estes números nos próximos anos”, concluiu Rita.


FONTE DA PESQUISA: http://www.eloslgbt.org.br/2011/06/homofobia-na-escola-eles-deram-cara.html

17 de maio: Dia Internacional de Combate a Homofobia


País avançou no combate à homofobia, mas preconceito ainda é grande, diz advogado

17/05/2012 - 12h16
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Brasil avançou muito nos últimos anos, do ponto de vista jurídico e de políticas públicas, no combate à homofobia. Entretanto, na avaliação do assessor de políticas públicas da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual da prefeitura do Rio, Sérgio Camargo, o preconceito ainda é um grande entrave.
“O mês de maio não é apenas o mês das mães, mas também de combate a esse terror que se tornou a homofobia e consagra a decisão do Supremo [Tribunal Federal] que, em maio do ano passado, equiparou as uniões heteroafetivas às uniões estáveis homoafetivas”, comentou. “Outro exemplo de avanço é a Lei 2.475, de 1996, que pune estabelecimentos comerciais e órgãos públicos na cidade do Rio por discriminação sexual”, destacou Camargo que participou hoje (17), Dia Internacional de Combate à Homofobia, do Seminário Jurídico de Promoção da Diversidade Sexual e da Identidade de Gênero.
O encontro foi organizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela prefeitura do Rio e reúne, na Faculdade Nacional de Direito da UFRJ, integrantes do movimento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), autoridades e acadêmicos que estudam a questão da diversidade sexual.
Um dos estudos apresentados no seminário, realizado pela Faculdade de Direito da UFRJ, aponta que o número de decisões judiciais favoráveis às causas LGBT duplicou em um ano, após a decisão do Supremo Tribunal Federal, passando de pouco mais de mil decisões para cerca de 2 mil.
O coordenador da pesquisa, Marcos Vinicius Torres, que também é membro da Comissão Nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), deu início à coleta de assinaturas para o Projeto de Lei do Estatuto da Diversidade Sexual, por iniciativa popular, a ser encaminhado ao Congresso Nacional.
“Precisamos de uma legislação específica sobre a matéria, sobretudo, sobre questões de direito de família, como o casamento civil, pois a união estável é um avanço, mas não dá todos os direitos que o casamento dá. Outro foco do estatuto é a criminalização da homofobia, que engloba o Projeto de Lei 122/2226 que está parado no Congresso.”
A PLC 122, de 2006, torna crime a discriminação por motivo de orientação sexual e é a principal reivindicação dos grupos defensores dos direitos LGBT. A proposta enfrenta grande resistência, sobretudo, por parte de parlamentares da bancada evangélica que condenam as práticas homossexuais.
O presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Toni Reis, comparou o caso do Brasil, onde o projeto de criminalização da homofobia tramita há cerca de dez anos no Congresso Nacional, com o de outros países da América do Sul. Ele lembrou que o congresso argentino aprovou o casamento entre pessoas do mesmo sexo em 2010, enquanto os parlamentares chilenos aprovaram rapidamente a criminalização da homofobia, no mês passado, após o assassinato de um jovem homossexual.
No Brasil, foram documentados 260 assassinatos de gays, travestis e lésbicas em 2010. Isso significa que, a cada 36 horas, um homossexual é morto no país. De acordo com dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), o risco de um homossexual ser assassinado no Brasil é  785% maior que nos Estados Unidos.
Há 22 anos, no dia 17 de maio, a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou da listagem de doenças a palavra homossexualismo e, desde então, os movimentos LGBT de todo o mundo promovem manifestações e atividades voltadas para o combate ao preconceito e à intolerância a homossexuais. No Brasil, o Ministério da Saúde retirou essa expressão da lista de doenças em 1985.
Edição: Lílian Beraldo

FONTE: Agência Brasil




segunda-feira, 14 de maio de 2012

Palestra em Mesquita discute com professores o ressignificado do 13 de maio




A Coordenadoria Municipal de Promoção da Igualdade Racial e a Secretaria Municipal de Educação realizarão no dia 15 de maio, às 8h, a palestra “Ressignificando o 13 de Maio na Educação das Relações Étnico-Raciais”, no Auditório da Escola Municipal Rotariano Arthur Silva, na Rua Paraná, 443, Centro.
O evento é realizado em comemoração ao dia 13 de Maio, que celebra o Dia Nacional de Combate ao Racismo, ou como mostrado nos livros, é a data em que a Princesa Isabel decretou o fim da escravidão no Brasil, com o objetivo de dar um novo significado para o dia 13 de maio. O encontro será iniciado com uma performance artística de Macedo de Moraes, Griot e subcoordenador da COMPIR. Em seguida, haverá a palestra que versará sobre a diversidade étnico-racial, cujos palestrantes serão a Doutora André Santos Pessanha, professora da FAETEC e da UNIABEU; e Alexandre do Nascimento, secretário Municipal de Mobilização Social e Integração Governamental – SEMOSIG, e professor da FAETEC e da UFRRJ de Nova Iguaçu.


terça-feira, 8 de maio de 2012

A abolição da escravatura, um mito de liberdade...

Plano de aula para os Anos Finais


Objetivos
Problematizar o processo da Abolição da Escravatura no Brasil, que culminou com a assinatura da Lei Áurea. Refletir sobre a resistência escrava e o movimento abolicionista no Segundo Reinado. Apresentar e problematizar quem foi a Princesa Isabel, porque ela aboliu a escravidão e como a Lei Áurea desgastou ainda mais a Monarquia. Discutir o verdadeiro sentido do 13 de maio e a vida difícil dos recém-libertos.

Conteúdos
Brasil Império; Abolição da escravatura.

Anos
8° e 9°

Tempo estimado
Cinco aulas

Material necessário

- Imagens: Fuga de escravos, óleo sobre tela, de François Auguste Biard (1859); Princesa Isabel; Lei Áurea; A festa da Glória, e alguns efeitos da lei de 13 de maio, de Ângelo Agostini (13 de agosto de 1888);

- Letra do samba "Salve a Princesa Isabel", de Paquito e Luís Soberano, composta em 1948;

- Versos publicados no jornal fluminense O Monitor Campista, em 23 de março de 1888.

Desenvolvimento

1° Aula
Apresente aos alunos o contexto histórico que antecedeu a abolição da escravatura, em 1888. Explique que o processo que levou ao fim da escravidão no século 19 foi longo e difícil, ressaltando a resistência escrava (formação dos quilombos, fugas arriscadas, uso da força, violência, desobediência, etc) e o movimento abolicionista.

A partir da exibição da tela Fuga de escravos, de François Auguste Biard (1859), discuta com os alunos os elementos que aparecem na tela. Questione sobre a maneira como o artista representou os escravos, suas feições, gestos, a atitude dos escravos adultos com relação às crianças, enfim, qual a sensação transmitida pela imagem. Pergunte sobre o que eles conhecem ou já estudaram acerca da escravidão.

2°Aula
Uma vez que a abolição da escravatura é entendida como um processo gradativo, discuta com os alunos as pressões internacionais para o fim da escravidão e enfatize as duas leis que antecederam o 13 de maio: A Lei do Ventre Livre , em 1871, que assegurou a liberdade dos filhos de escravas que nascessem após a sua entrada em vigor, e a Lei dos Sexagenários, de 1885, que dava liberdade a todos os escravos com idade de sessenta anos ou mais.

Questione o que elas propunham, quem foi beneficiado por elas, quais as reações que provocaram na sociedade e o que elas representaram de fato para os escravizados?
Em seguida, discuta o abolicionismo, movimento que ganhou força na segunda metade do século 19 e que foi liderado por pessoas de diferentes grupos sociais inconformadas com a escravidão, dentre elas José do Patrocínio, André Rebouças, Paula Brito, Joaquim Nabuco e Luiz Gama.

Divida os alunos em grupos e peça que eles pesquisem informações sobre os abolicionistas. Cada grupo deve criar um painel com as informações coletadas (pode ser em cartolina) e fazer uma apresentação oral para os colegas.

3º Aula
Usando uma imagem da Princesa Isabel, pergunte aos alunos se sabem quem ela foi e o que ela fez de tão importante para a história do Brasil,

Explique que a Princesa Isabel tornou-se regente do Império, uma vez que seu pai, D. Pedro II, encontrava-se em viagem pela Europa. Discuta a intensificação da campanha abolicionista com manifestações nas ruas e o apoio de diversos setores da sociedade, o que aumentou as pressões pelo o fim da escravidão no Brasil.

Problematize a criação da imagem da Princesa Isabel como a "redentora dos escravos", após assinar a Lei Áurea. Utilize a letra do Samba "Salve a Princesa Isabel" de autoria de Paquito e Luís Soberano, composta em 1948. Destaque, através da letra, como mais de 50 anos após a abolição, a imagem da princesa como redentora dos escravos se fazia presente no imaginário popular. Destaque a estrofe final da música para discutir com os alunos aspectos inerentes ao racismo e preconceito na atualidade:

Salve a princesa Isabel (Paquito e Luís Soberano)

Liberdade! Abre as asas sobre nós...

Salve a princesa Isabel
Deu liberdade a todos
Foi no dia 13 de maio
Preto não é mais lacaio
Preto não tem mais senhor

Foi no dia 13 de maio
Preto não é mais lacaio
Preto não tem mais senhor

Desde o dia em que a princesa assinou
A Lei Áurea concedendo abolição
Preto teve o direito de ser cidadão
Hoje o preto pode ser doutor
Deputado e senador
Não há mais preconceito de cor!

4ª Aula
Discuta a vida dos recém-libertos. Copie no quadro os versos que foram publicados no jornal fluminense O Monitor Campista, em 23 de março de 1888, acerca dos negros:

"Fui ver pretos na cidade/ que quisessem trabalhar./ Falei com esta humildade/
- Negros, querem trabalhar?/ Olharam-me de soslaio, / E um deles, feio, cambaio,/ Respondeu-me arfando o peito:/ - Negro, não há mais não./ Nós tudo hoje é cidadão./ O branco que vá pro eito." (O Monitor Campista, 28/03/1888).

Partindo dos versos publicados pouco antes de a Lei Áurea ser assinada e com base em tudo o que já foi discutido, pergunte aos alunos qual era a visão de boa parte da sociedade brasileira sobre os negros. Essa visão mudou de lá pra cá? Como é tratada a discriminação racial no Brasil hoje?
Mostre aos alunos como a questão da escravidão no Brasil desgastou, aos poucos, a imagem da Monarquia, sobretudo a Lei Áurea, que obrigou os fazendeiros escravistas a libertarem seus escravos sem receber indenização. Sentindo-se prejudicados pela lei, muitos fazendeiros aderiram à causa da República.

5ª Aula
Discuta o verdadeiro sentido do 13 de maio de 1888. Trabalhe a imagem A festa da Glória e alguns efeitos da lei de 13 de maio, publicada na Revista Ilustrada (13 de agosto de 1888).

Nela se lê: "Nos bondes"; "Aí vem a família Pitada (...) Misericórdia, e nem uma rapariga em casa"; Seu Zuzé Congo e sua Excelentíssima Família"; "Todos os crioulos na festa da Glória e este (...) cidadão aqui a esquentar água para o chá"; Liberdade é muito bom, mas cria calos que é o diabo"; "Fiquei com o corpo livre, mas estou com os pés no cativeiro"; "Roubado pelos gatunos! Eis uma sensação que nunca tive antes da lei".

Usando a charge de Ângelo Agostini, discuta com os alunos que, para os recém-libertos, a abolição não trouxe os benefícios esperados, já que não receberam terras para plantar. Muitos permaneceram nas fazendas, trabalhando da mesma forma que antes, outros ao rumarem para as cidades em busca de empregos, foram preteridos pelos empresários que optavam por empregar os imigrantes europeus, restando aos negros os piores trabalhos, os menores salários e moradias precárias. A maioria dos libertos foi posta à margem da sociedade. Aproveite para refletir sobre o sentido da palavra marginalizado e como ao longo do tempo ela foi associada à imagem do negro pobre, sem dinheiro, sem instrução e sem apoio do governo. A abolição não garantiu os direitos mínimos de cidadania.

Avaliação
Avalie a interação dos alunos no momento dos questionamentos e das indagações feitas a partir das informações apresentadas. Analise o comprometimento e a qualidade das informações trazidas pelos alunos na elaboração e apresentação do painel sobre os abolicionistas. Avalie a capacidade criativa deles ao interpretarem as imagens e informações transmitidas por elas, assim como a compreensão dos versos do jornal O Monitor Campista.

Consultor Leandro Pereira Matos
Mestrando em História na Universidade Federal de Juiz de Fora - Minas Gerais, professor da EM Antônio Carlos Fagundes

FONTE: Revista Nova Escola

Vídeo sobre a escravidão no Brasil TV ESCOLA

Amigos professores,
Está disponível no Youtube um vídeo bem bacana sobre a escravidão e o seu fim, contado através de teatro de fantoches. Um excelente recurso para trabalhar e discutir com os pequenos.




Ressignificando o 13 de maio na História do Brasil


Vamos pensar sobre o 13 de maio, uma data de reflexão sobre a necessidade e importância da luta contra o racismo. Leiam o texto e comente:


"Durante três séculos e meio de história brasileira, a população negra e africana foi tratada como mercadoria/propriedade privada. Importou -se ao longo desses mais de três séculos e meio de regime escravocrata, 4 milhões de negros africanos, ou seja 40% das importações totais das Américas - considerado uma das mais volumosas transferência forçada de pessoas havidas na História. Podendo ser objeto de compra, venda, empréstimo, doação, penhor, sequestro, transmissão por herança, embargo, depósito, arremate e adjudicação, a pessoa africana escravizada e seus descendentes no Brasil se encontravam na condição de uma mercadoria com a singularidade de que podiam ser punidos quando cometia uma crime através do Código Penal.
Historicamente, em 13 de maio de 1888, o Brasil abole a escravidão racial, ou seja, devolve a liberdade individual à população negra e africano-descendente. A partir do dia 14 de maio de 1888, oficialmente o 13 de maio passou a ser festejado como o dia da libertação dos negros e dos descendentes de africanos no Brasil. Com a efervescência política de 1988, quando a abolição da escravidão racial brasileira completava 100 anos, o 13 de maio ganhou um novo significado político na história brasileira.
O movimento social negro no Brasil e na Bahia, em maio de 1988, deflagraou a campanha “100 anos sem Abolição” e “100 anos da falsa Abolição” para dar visibilidade ao que estava ausente na história do Brasil – as precárias condições sócio-econômicas e educacionais que a população negra saiu da escravidão, ou, a moda de Florestan Fernandes a não “integração do negro na sociedade de classes no Brasil”, após 100 anos de abolição. Audiências públicas, passeatas, manifestações políticas foram realizadas nesse período pelo movimento social negro no Brasil e na Bahia, para denunciar as desigualdades raciais vividas pelas populações negras no acesso a direitos básicos, enfatizando-se como o 13 de maio não era uma data de festa para os negros brasileiros, pois a liberdade não se completa sem o direito á igualdade. Para o ativismo negro naquele momento, o 13 de maio, que até então vinha sendo festejado oficialmente como “o dia da população negra”, era uma data esvaziada de significado político para a população negra, já que, a partir dela, o Estado brasileiro não desenvolveu políticas de inclusão social dessa população, ao contrário, as políticas desenvolvidas para a população negra no pós-abolição foram políticas de exclusão, marginalização e criminalização.
Dessa forma, o 13 de maio se tornou, o Dia Nacional da Luta contra o Racismo. Isso significa que deve ser um dia no qual reflitamos sobre o que nós - educadores, governantes, políticos, ativistas, cidadãos brasileiros e brasileiras precisamos fazer, no plano individual e coletivo, para construirmos uma sociedade sem racismo, ou seja, uma sociedade na qual o acesso a direitos não seja determinado pela raça/cor das pessoas, enfim, uma sociedade na qual as pessoas tenham direitos garantidos independente da sua raça/cor".

Nádia Cardoso
Coordenação de Diversidade Negra, de Gênero, Sexualidade e Direitos Humanos
Diretoria de Inclusão e Diversidade (DIREM)/SUDEB/SEC


Sugestões de atividades para a Educação Infantil


Essas atividades são do livro "Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-raciais" (Ministério da Educação/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2010)


Orientações e Ações

Sugestões de Atividades

Este texto apresenta uma série de sugestões de atividades, de indicações de filmes, vídeos e bibliografias que procuram se adequar aos níveis e às modalidades de ensino aqui tratados em sua relação com a história e a cultura africanas e afro-brasileiras e com a temática étnico-racial. Sendo proposto pelas coordenadoras dos GTs, com a colaboração de outros/as educadores/as, não se trata de um manual com indicações prontas para o uso. Sempre cabe a sensibilidade para se perceber e agir no momento certo, no lugar apropriado e com a forma de abordagem mais adequada.





Educação Infantil

Os meninos em volta da fogueira

Vão aprender coisas de sonho e de verdade

Vão aprender como se ganha uma bandeira

E vão saber o que custou a liberdade [...]

Mas os meninos desse continente novo

Hão de saber história e ensinar


Martinho da Vila

Aqui, serão apresentadas algumas sugestões de atividades que não devem ser tomadas como receitas, mas como possibilidades a serem construídas, reconstruídas, ampliadas e enriquecidas com a costumeira criatividade dos educadores e das educadoras do Brasil. É fundamental que eles/elas se reúnam para compartilhar saberes, discutir as suas dificuldades com a temática, realizar pesquisas, trocar experiências, construir materiais e organizar bancos de imagens, desenhos e figuras. Uma dedicação importante é pesquisar as organizações negras de cada localidade, pois muitas delas possuem experiências educativas que são referência para todo o País.

Chamamos a atenção para a importância de não realizar atividades isoladas ou descontextualizadas. É importante que a temática das relações étnico-raciais esteja contida nos projetos pedagógicos das instituições, evitando-se práticas esporádicas em determinadas fases do ano, como abril, maio, agosto e novembro. Estar inserido na proposta pedagógica da escola significa que o tema será trabalhado permanentemente, e, nessa perspectiva, é possível criar condições para que não mais ocorram intervenções meramente pontuais para resolver problemas que surgem no dia-a-dia relacionados ao racismo. Aos poucos, o respeito à diversidade será um princípio das instituições e de todas as pessoas que nelas atuam.

As sugestões de atividades são subsídios que estão associados à prática educativa, e esta precisa estar de acordo com as concepções de criança e de educação enunciadas aqui e no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI). Destacamos alguns pontos importantes contidos no Referencial que auxiliam no processo de elaboração de atividades, como a organização do tempo, do espaço e dos materiais; observação, registro e avaliação.

Com relação às atividades aqui propostas, não se pode perder de vista a rotina de cada instituição com elementos que são permanentes e fundamentais para o desenvolvimento dos trabalhos e projetos na Educação Infantil. “A rotina deve envolver os cuidados, as brincadeiras e as situações de aprendizagens orientadas” (BRASIL, 1998a, p. 54), assim como as atividades permanentes que respondem às necessidades básicas do cuidado e da aprendizagem não podem ser esquecidas, tais como: brincadeira no espaço interno e externo; roda de história; roda de conversas; oficinas de desenho, pintura, modelagem e música; atividades diversificadas ou ambientes organizados por temas ou materiais à escolha da criança, incluindo momentos para que as crianças possam ficar sozinhas se assim o desejarem; cuidado com o corpo. A perspectiva da diversidade deve ser contemplada escolhendo-se, para o acervo das instituições, por exemplo, bonecas negras, brancas, indígenas e orientais. Pode-se confeccioná-las inclusive com as próprias crianças e os seus familiares, e os jogos podem também ser construídos considerando-se as diferenças regionais, não se perdendo de vista os brinquedos populares e artesanais.

A roda ou rodinha, tão utilizada nas instituições de Educação Infantil e inserida na rotina delas, possui um significado importante para diversas culturas, entre elas a indígena e a africana. Na roda, é possível romper com as hierarquias, existe espaço para a fala e todos se vêem. É na roda que se conta história, que novas músicas e brincadeiras são aprendidas, que são feitos os “combinados”. Retomar a roda como princípio de organização e como maneira de aprender coletivamente já é um exercício cotidiano de busca de respeito à diversidade.

Finalmente, a observação, o registro e a avaliação processual são fundamentais no acompanhamento da aprendizagem das crianças, podendo fornecer uma visão integral delas ao mesmo tempo que revelam a necessidade de intervenções mais incisivas em alguns aspectos do processo educacional.


1 - Construindo um calendário da diversidade étnico-racial

O planejamento de atividades na Educação Infantil, tendo como referência datas comemorativas que são reproduzidas ano a ano, sem análise crítica da parte dos/as educadores/as, não contribui para a reflexão sobre por que celebrar tais heróis, grupos e costumes, seguindo padrões que correspondem a uma visão das origens do povo brasileiro que não é a única.

A maioria das instituições educacionais já incorporou, em suas práticas, a comemoração de datas significativas para o Brasil. São datas específicas que rememoram momentos da nossa história (como o Dia da Independência), símbolos (como o Dia da Bandeira) ou heróis (como Tiradentes). Na maioria das vezes, essas datas são lembradas nas escolas sem grandes inovações, tanto nas atividades propostas quanto na escolha das mesmas e/ou das personalidades a serem homenageadas.

Os/as profissionais da Educação mantêm a tradição de destacar algumas datas, como o Dia do Índio, por exemplo. No dia 19 de abril, vestem/fantasiam as crianças com ornamentos e pintam o rosto delas, desenvolvendo uma série de estereótipos sobre os indígenas, que são diversos, pois são muitas as etnias que compõem a população indígena no Brasil. Cada grupo tem uma língua diferente, e alguns já perderam sua língua original; usam vários tipos de vestimenta, inclusive as que os não-índios utilizam; vivem em moradias também diversas. As pinturas corporais são caracterizadas de formas diferentes em cada grupo. As marcas ou os desenhos estão carregados de significados; os indígenas se pintam por motivos variados: festas, guerras, comemorações, casamentos. O exemplo do Dia do Índio nos ajuda a refletir sobre outras datas:


  • Por que destacamos a figura de Tiradentes e nos esquecemos de outros/as personagens importantes para a nossa história de resistência à colonização, escravidão, exploração do trabalho, etc.?

  • Por que nos esquecemos de figuras históricas de nossas cidades, nossos bairros e nossas vilas, muitas delas negras, mulheres, trabalhadoras?

  • Como estamos trabalhando o Dia da Abolição? Damos destaque apenas à princesa Isabel e a alguns abolicionistas mais conhecidos ou falamos de muitos homens e mulheres escravizados que lutaram contra a escravidão, mas que se tornaram anônimos na História?

Vale a pena realizar uma pesquisa para descobrir outros/as personagens que não os/as costumeiramente lembrados/das no calendário escolar e construir/reconstruir a história da cidade ou do bairro a partir de depoimentos de pessoas mais velhas, dando destaque para homens e mulheres comuns que construíram ou constroem a história de uma comunidade ou de um país.

1.1 O 20 de novembro – Dia Nacional da Consciência Negra

A partir da Lei n° 10.639/2003, o Dia Nacional da Consciência Negra é incorporado no calendário escolar como dia a ser lembrado, comemorado e trabalhado em todas as instituições de Educação Básica.

Em 20 de novembro de 1695, foi morto Zumbi, grande liderança negra do Quilombo dos Palmares. Essa data é ressignificada pelos movimentos negros brasileiros. De acordo com Oliveira Silveira, para o Grupo Palmares de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, essa data surge como contestação à comemoração do dia 13 de maio:

A homenagem a Palmares ocorreu no dia 20 de novembro de 1971, um sábado, à noite, no Clube Náutico Marcílio Dias, sociedade negra [...] os participantes do grupo se espalharam no círculo e contaram a história de Palmares e seus quilombos com base nos estudos feitos defendendo a opção pelo 20 de novembro, mais significativo e afirmativo na confrontação com o 13 de maio(2003, p. 2).

A data toma o cenário nacional principalmente a partir de 1978, quando surge o Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial, com ramificações em diversos estados do País (CARDOSO, 2001). O surgimento do Movimento Negro Unificado ocorreu em julho de 1978, com um grande protesto contra as discriminações sofridas por quatro atletas negros do time de voleibol do Clube Regatas Tietê, proibidos de entrar no clube, e o assassinato do operário negro Robson Silveira da Luz, torturado até a morte por policiais de Guaianazes/SP.

Para celebrar a qualquer época do ano a consciência negra, poderão ser organizadas mostras de trabalhos com a temática, apresentações musicais com utilização de instrumentos confeccionados pelas próprias crianças, concurso de bonecas negras (MATOS, 2003), leitura de pequenas histórias, declamação de poesia, entre outras atividades. Importante destacar as manifestações culturais locais e regionais, tais como congada, congo, jongo, maracatu, samba de roda, tambor-de-crioula, entre outras tantas. É importante rememorar o porquê da data e seu significado para a população brasileira em geral e para a população negra em especial.

2 - Expressão oral e literatura

Escritores/as como Carolina de Jesus, Solano Trindade, Eliza Lucinda, Cuti, Esmeralda Ribeiro, Conceição Evaristo, Heloísa Pires, Geni Guimarães e tantos/as outros/as podem entrar em nossos saraus de poesia, juntamente com Cecília Meireles, Vinicius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, entre tantos poetas e escritores brasileiros. Nesse sentido, é necessário estarmos atentos/as para textos que podem reforçar o preconceito, sendo dúbios em seu significado. Vejamos a poesia abaixo:

As borboletas

Brancas, azuis, amarelas e pretas

Brincam na luz as belas borboletas

Borboletas brancas são alegres e francas

Borboletas azuis gostam de muita luz

As amarelinhas são tão bonitinhas

E as pretas então, oh que escuridão!



Vinicius de Moraes

A associação da borboleta com a escuridão pode tanto remeter a algo ruim como pode ter um sentido de surpresa, de susto, como nas brincadeiras de “pute” (quando encobrimos o rosto para surpreender ou assustar uma criança pequena). A partir dessa poesia, tão conhecida de muitas crianças, podemos trabalhar com cores variadas, pintando borboletas de papel, destacando a beleza de todas as cores, inclusive da cor preta. Podem-se utilizar histórias nas quais a cor preta tem destaque positivo, como Menina Bonita do Laço de Fita; O Menino Marrom; Biografia das Cores. Criar histórias com as crianças e refazer poesias, como a de Vinicius de Moraes, substituindo escuridão por outros adjetivos.

O texto de Pedro Bandeira A Redação de Maria Cláudia apresenta muito bem o contraste entre as cores:

A redação de Maria Cláudia

Os brancos são muito diferentes dos negros. Mas depende do branco e depende do negro. Na minha caixa de lápis de cor, o branco não serve para nada. Só o preto é que serve para desenhar. Por isso, os dois são muito diferentes. Tem o giz e tem o carvão. Eles são iguais. Os dois servem para desenhar. Com o giz, a gente desenha na lousa. Com o carvão, a gente desenha um bigode na cara do Paulino para a festa de São João. [...] O papel é branco e é igualzinho ao papel preto chamado carbono que escreve embaixo tudo o que a gente escreve em cima. A noite é preta, mas o dia não é branco. O dia é azul. Então o preto da noite é só da noite. Não é igual nem é diferente de nada.

Nessa metodologia, são trabalhadas as diferenças entre as cores utilizando diversos materiais, como flores de cores diferentes, coelhinhos, pintinhos; por meio de colagens, desenhos, pinturas. De forma lúdica, as crianças vão construindo referenciais sobre a identidade étnico-racial sem preconceitos.

3 - Contos, brincadeiras e diversidade

A brincadeira constitui-se como uma possibilidade educativa fundamental para a criança. Brincar é imaginar e comunicar de uma forma específica que uma coisa pode ser outra, que uma pessoa pode ser um/uma personagem. De acordo com Abramowicz (1995:56), “a brincadeira é uma atividade social. Depende de regras de convivência e de regras imaginárias que são discutidas e negociadas incessantemente pelas crianças que brincam. É uma atividade imaginativa e interpretativa”. O RCNEI fornece-nos uma boa indicação do caráter educativo das brincadeiras.

O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à realidade de maneira não liberal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos (1998a, p. 27).

A fantasia e a imaginação são elementos fundamentais para que a criança aprenda mais a relação entre as pessoas, entre o eu e o outro. No faz-de-conta, as crianças aprendem a agir em função da imagem de uma pessoa, de uma personagem, de um objeto e de uma situação que não estão imediatamente presentes e perceptíveis para elas no momento e que evocam emoções, sentimentos e significados vivenciados em outras circunstâncias.

Os contos e as histórias povoam o universo infantil. Principalmente com relação aos contos, sempre se enfatizam aqueles da tradição européia, como Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Rapunzel e outros. Não trazemos para a cultura escolar e para a cultura infantil os contos africanos, indígenas, latino-americanos, orientais. Para uma educação que respeite a diversidade, é fundamental contemplar a riqueza cultural de outros povos, e, nesse sentido, vale a pena pesquisar e trabalhar com outras possibilidades. Muitas vezes vamos nos surpreender ao encontrar semelhanças entre alguns contos e histórias — tais como Cinderela1, Rapunzel — e muitas outras que precisamos descobrir. As Pérolas de Cadja é um bom exemplo das semelhanças com a história de Cinderela.

A história relatada no desenho animado Kiriku e a Feiticeira é rica em fantasias, aventuras e lições de vida. O filme permite a discussão não só da cultura africana, mas também a de valores como a amizade, o respeito, a persistência, os conflitos entre as pessoas de uma mesma comunidade, a inveja, a dor, etc.

Outras histórias da nossa literatura, como Histórias da Preta, O Menino Nito, Ana e Ana, As Tranças de Bintou, Bruna e a Galinha D’Angola, permitem o contato com as culturas afro-brasileira e africana, com personagens negras representadas com qualidade e beleza.

4 - Músicas

São diversas as canções populares trabalhadas na Educação Infantil. Muitas delas tradicionais e com fortes representações negativas e/ou violentas, reforçadoras da dominação, que depreciam a imagem do negro e de outros. São exemplos disso, Os Escravos de Jó, Boi da Cara Preta e outras com versos depreciativos para com a pessoa negra. O cantor e compositor Rubinho do Vale (MG) fez uma releitura dessas cantigas e as apresenta numa perspectiva positiva. A professora e escritora Inaldete Pinheiro (PE) também produz livros que fazem recontos de algumas histórias populares preconceituosas. Uma delas refere-se ao Boi da Cara Preta, na qual é possível fazer substituições cantando a música utilizando outras cores para o boi, como verde, vermelho, amarelão. A criatividade pode ser explorada ao máximo, buscando substituições que façam sentido cultural para as crianças, cantando essas canções utilizando-se de outras expressões não preconceituosas.

A música popular brasileira, as canções populares regionais também trazem uma infinidade de exemplos que destacam as culturas negra, indígena, regional, entre outras. Cantar músicas, elaborar coreografias, fazer parte de pequenas encenações são ações intencionais no trato com a diversidade. Seria interessante resgatar canções que falam de momentos da história (muitos sambas-enredo de escolas de samba tratam da história de resistência e luta). Um exemplo é Kizomba, que destaca o Quilombo dos Palmares e Zumbi:





Kizomba, a festa da raça

Valeu, Zumbi! O grito forte dos Palmares

Que correu terra, céus e mares, influenciando a nossa Constituição.

Zumbi, valeu! [...] Essa Kizomba é nossa Constituição.


Martinho da Vila

Essa música foi samba-enredo da escola de samba Unidos de Vila Isabel, vitoriosa no carnaval carioca de 1988, ano do centenário da abolição da escravidão e ano da nossa atual Constituição Federal, que contou com a participação de amplos setores da sociedade brasileira, destacando os movimentos sociais de mulheres, negros/as, indígenas e daqueles que lutam por moradia, terra, educação, entre outros. Kizomba quer dizer festa, confraternização. Retrata a luta contra a escravidão, que remonta a todas as formas de resistência encontradas pelos escravizados no Brasil, enfatizando o Quilombo dos Palmares e Zumbi, um de seus maiores líderes. Mistura festa, alegria e as manifestações da cultura popular e afro-brasileira, além de expressar a esperança em um mundo melhor, fazer referência à Constituição Federal, escrita naquele ano e chamada de a “Constituição Cidadã”.

Contar a história de Zumbi, levar para a sala livros com sua história, com figuras e fotos de quilombos, propondo projetos, pesquisas sobre os quilombos existentes em sua região2 são atividades importantes nas áreas de natureza e sociedade e linguagem oral e escrita.

O importante é valorizar as possibilidades regionais. Em cada estado e/ou cidade, existem grupos que cantam canções que falam da cultura popular de forma positiva e enriquecedora. São vários os estilos, e estes devem ser selecionados de acordo com as preferências das crianças e/ou dos/as próprios/as educadores/as, devendo-se estar atentos/as ao conteúdo das letras. São ritmos populares: reggae, jazz, funk, rap, samba, pagode, chorinho, por exemplo.

5 - Decorando e informando (murais, cartazes, móbiles)

De maneira geral, nas instituições de Educação Infantil, existem muitos e diversos tipos de decorações, como móbiles em berçário, fotos ou desenhos nas portas das instalações sanitárias, cartazes que trazem orientações a respeito de higiene corporal e bucal, murais temáticos, figuras ou desenhos que identificam as turmas ou classes, pois se acredita que o ambiente destinado à criança pequena necessita ser colorido e com forma definida. Raramente, esses espaços contam com produções das próprias crianças. Propomos uma reflexão acerca desse cenário feito por adultos/educadores em que subjaz uma imagem de criança. Necessário se faz contemplar a diversidade existente entre crianças e adultos, confeccionando móbiles nos berçários com rostinhos de crianças de diversos grupos: indígenas, brancos, negros, orientais. Esses móbiles funcionam como estímulos para a criança pequena, que, ao olhar e observar a diversidade à sua volta, construirá essas referências futuramente.

Nos momentos de confecção dos murais temáticos, é importante envolver as crianças no processo de criação. As instituições poderão requisitar das famílias, por exemplo, que enviem revistas usadas que poderão ser utilizadas na confecção de murais para o Dia das Mães, o das Crianças, o da Família e outras datas. Cabe ao/a educador/a estimular as crianças a encontrarem figuras de pessoas variadas e, sempre que possível, fazer breves interferências e comentários a respeito das escolhas que fazem e problematizar as alternativas. Se sempre recaem sobre um mesmo tipo físico, é interessante conversar com as crianças sobre isso; caso seja observado algum tipo de preconceito ou representação negativa de um determinado grupo étnico-racial, é fundamental que se amplie a discussão em outros momentos e espaços, articulando as diversas áreas de conhecimento, utilizando-se de diversos recursos, como livros, brinquedos, músicas, etc.

6 - Corpo humano

Trabalhar com o corpo humano também pode ser um momento de reflexão por parte dos/as educadores/as a respeito das doenças genéticas que acometem as crianças e que muitas vezes causam problemas sérios quando diagnosticadas tardiamente. São doenças como aquelas que podem trazer danos à visão, audição, locomoção e outras, como anemia falciforme, que atingem pessoas negras3. Essas doenças, se percebidas precocemente por aqueles/as que acompanham as crianças (familiares, educadores/as, profissionais da saúde e outros/as), podem ter seus efeitos minimizados, impedindo o aumento do número de crianças que chegam à idade de sete e oito anos com danos irreversíveis.

Também no trabalho com o corpo, é preciso dar destaque para as diferenças físicas entre as pessoas e para as razões da cor da pele, textura do cabelo, do formato do nariz e da boca. Todos nós temos muitas curiosidades a esse respeito e, na maioria das vezes, as explicações que nos oferecem são insatisfatórias.

Informações sobre a melanina (pigmento que dá coloração à pele) podem ser trabalhadas de forma lúdica, comparando-a a outras formas de pigmentação presentes na natureza, como cor de folhas, flores e frutos, cor dos animais, além da cor de rios e mares, do arco-íris.

Propor atividades com o livro Crianças como Você, atividades de observação no espelho, utilização de pinturas. O trabalho com o corpo pode remeter a elementos da cultura de diversos povos, como roupas, alimentação, penteados, hábitos de higiene, etc.

Com relação ao cabelo, a história As tranças de Bintou mostra uma possibilidade de abordar o tema de forma positiva e construtiva, favorecendo o conhecimento de culturas de povos da África. O destaque é para as tranças de Bintou, num percurso de vida das pessoas que habitam a região, na visão da menina que queria ter tranças:

Meu nome é Bintou e meu sonho é ter tranças. Meu cabelo é curto e crespo. Meu cabelo é bobo e sem graça. Tudo que tenho são quatro birotes na cabeça. Às vezes, sonho que passarinhos estão fazendo ninho na minha cabeça. Seria um ótimo lugar para deixarem seus filhotes. Aí eles dormiriam sossegados e cantariam felizes. Mas, na maioria das vezes, eu sonho mesmo é com tranças. Longas tranças, enfeitadas com pedras coloridas e conchinhas. Minha irmã, Fatou, usa tranças e é muito bonita. Quando ela me abraça, as miçangas das tranças roçam nas minhas bochechas. Ela me pergunta: “Bintou, por que está chorando?”. Eu digo: “Eu queria ser bonita como você”. “Meninas não usam tranças. Amanhã eu faço novos birotes no seu cabelo.” Eu sempre acabo em birotes.

Essa história permite abordar componentes da identidade das crianças, como as diferentes fases da vida — infância, juventude, fase adulta, velhice — e as características de cada uma, as possibilidades e os limites das mesmas, além de comparações entre culturas e povos: as meninas brasileiras podem usar tranças, mas, nas terras onde Bintou mora, ela precisa ter uma certa idade para fazer o penteado que tanto sonha.

No continente africano, também existem muitos rituais que têm o cabelo como referência. No caso da história, na cerimônia de batismo, o cabelo da criancinha é raspado. A figura das pessoas mais velhas como portadoras de sabedoria também é destacada. É a avó de Bintou que decide sobre o seu penteado, e ainda não chegou o momento de ela usar tranças. E, mesmo tendo sido prometido, sua avó lhe dá de presente o sonho que sonhou de enfeites coloridos.

Vários nomes desconhecidos dos brasileiros são listados na história. É um bom momento para se trabalhar com o nome das crianças e seus significados. É preciso refletir sobre os motivos pelos quais, ao chegarem ao Brasil para serem escravizados, muitos africanos foram batizados com nomes europeus, perdendo assim um pouco de sua própria identidade, pois os nomes na África guardam sentido e significado para os grupos familiares de origem das crianças. É comum observarmos crianças cujo nome tem origem em homenagem dos pais a ídolos e figuras ilustres do meio artístico e cultural, que não expressam a herança cultural dos povos de origem de suas famílias e de seus grupos sociais.

7 - Bibliografia comentada

7.1 Literatura Infantil

 ALMEIDA, Gergilga de. Bruna e a galinha d’angola. Rio de Janeiro: Pallas.

Bruna era uma menina que vivia perguntando com quem iria brincar, pois era muito sozinha. Sua avó, com dó da netinha, manda trazer de um país da África uma conquém, que no Brasil é mais conhecida como galinha-d’angolacocá oucapote. Depois de ganhar o presente, Bruna passa a ter várias amigas e a conhecer as belezas de ter uma conquém.

 BARBOSA, Rogério Andrade. Histórias africanas para contar e recontar. Editora do Brasil.

Por que o porco vive no chiqueiro? Por que a coruja tem o olho grande? Essas e outras perguntas sobre os animais têm respostas nas histórias africanas para contar e recontar, que o autor recolheu dos contos tradicionais africanos e traz de maneira divertida para o público infanto-juvenil brasileiro.

 DIOUF, Sylviane A. As tranças de Bintou. Tradução: Charles Cosac.

O livro conta a história de uma menina em uma localidade da África. A menina Bintou queria ter tranças, mas, em sua comunidade, só as moças podiam usar tranças. Bintou acha seu penteado sem graça e pede a sua avó que faça tranças em seu cabelo. Esta, no lugar de tranças, coloca vários enfeites coloridos em seus cabelos, e Bintou fica muito feliz ao ver o resultado.

 GODOY, Célia. Ana e Ana. Editora: DCL

Ana Carolina e Ana Beatriz são duas irmãs gêmeas completamente diferentes uma da outra. Enquanto uma gosta de massas, a outra é vegetariana; uma adora rosa, a outra gosta de azul; uma adora música, a outra é apaixonada por animais. A história das Anas nos faz perceber que as pessoas são únicas no gostar, no ser e no estar no mundo, mesmo que se revelem iguais na aparência.

 KINDERSLEY, Anabel. Crianças como você. Unesco: Ática.

Fotógrafos e escritores percorrem 31 países pesquisando e fotografando crianças. O resultado dessa viagem é um livro emocionante, com fotos belíssimas de crianças de todo o mundo, de suas famílias, sua cultura, seus brinquedos e suas comidas favoritas. O livro é uma celebração da infância no mundo e também uma viagem fantástica pelas diferenças e semelhanças desse mosaico chamado humanidade.

 MACHADO, Ana Maria. Menina bonita do laço de fita. São Paulo: Ática.

Conta a história de um coelhinho que se apaixona por uma menina negra e quer saber o segredo de sua beleza. A menina inventa mil histórias, até que sua mãe esclarece ao coelhinho que a cor da pele da menina é uma herança de seus antepassados, que também eram negros.

 PATERNO, Semiramis. A cor da vida. Editora: Lê.

Com esse livro, a autora possibilita a discussão da temática das relações raciais pelo olhar das crianças. Por meio de um jogo poético com as cores, duas crianças mostram para suas mães que a luta pela igualdade não significa apagar as diferenças.

 PIRES, Heloisa. Histórias da Preta. São Paulo: Cia. das Letrinhas.

A autora reúne neste livro várias histórias contadas por seus avós, que nos permitem conhecer um pouco a cultura afro-brasileira, a religião dos orixás, a culinária e tudo o que nos remete à cultura africana que compõe a cultura brasileira.

 PRANDI, Reginaldo. Xangô, o trovão. São Paulo: Cia. das Letrinhas, 2003.

Conto de tradição iorubá (língua falada no Benin, Nigéria e região) repassa história que compõe o universo da mitologia africana.

 ROSA, Sônia. O menino Nito – afinal homem chora ou não? Rio de Janeiro, Pallas.

A história de Nito é muito comum à de tantos meninos que são educados para não chorar. Para obedecer ao pai, que o proíbe de chorar, Nito se transforma em uma criança triste e fica doente de tanto engolir choro. O médico da família é chamado e aconselha o menino a “desachorar”. O sofrimento da criança é tanto que o médico, a mãe, o irmão e até o pai de Nito choram ao ouvir o quanto de choro ele havia guardado.

 RUFINO, Joel. Gosto de África: Histórias de lá e daqui. Editora: Global.

Histórias daqui e da África, contando mitos e histórias das tradições negras. Com um olhar crítico e afetuoso, o livro fala também de personagens da História do Brasil e de um tempo de escravidão, luta e liberdade, ajudando a compreender a diversidade de nossa cultura.

1 Existe uma versão européia, uma chilena e uma africana em vídeo da Enciclopédia Britânica.

2 Ver Fundação Palmares/Seppir e texto Educação Quilombola neste documento.

3 A anemia falciforme pode ser diagnosticada no teste do pezinho.


FONTE: http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=1264

Seminário Educação e Relações Étnico-Raciais – DF



Data: 25 de maio de 2012, sexta-feira
Horário: de 9h às 18 h
LOCAL: Auditório Anísio Teixeira
SGAS, Av. L2 Sul, Quadra 607, lote 50, Térreo – Brasília – DF
Entrada Franca
Data/Horário
25/05/2012
09h – 09h30
Mesa de Abertura
Presidente do CNE
Presidente da Câmara de Educação Básica do CNE
MEC, SEPPIR, Fund. Cultural Palmares
Coordenação do seminário: Conselheira Nilma Lino Gomes – CEB/CNE
9h 30 -10h30
Painel I
Direito Educacional, Diversidade e Igualdade Racial
Prof. Dr. Hédio Silva Junior (Universidade Zumbi dos Palmares/ CEERT)
Coordenação: Conselheira Nilma Lino Gomes – CEB/CNE
10h30 – 11h
Coffee Break
11h – 12h30
Painel II
Relações Étnico-Raciais, história e
cultura africana e afro-brasileira na Educação Básica: dimensões
políticas, pedagógicas e literárias
Prof. Dr. Valter Roberto Silvério (UFSCAR)
Profa. Dra. Heloisa Pires Lima (antropóloga e autora de obras infanto-juvenis)
Coordenação: Conselheira Rita Gomes do Nascimento - CEB/CNE
12h30 – 14h
Almoço
14h – 15h30
Painel III
Educação, relações étnico-raciais e educação quilombola: desafios e perspectivas para a Educação Básica
Prof. Dr. Rodrigo Ednilson de Jesus (UFVJM)
Prof. Dra. Georgina Nunes Silva (UFPEL)
Coordenação: Prof. Dra. Maria da Glória Moura - UNB, assessora CEB/CNE para questões quilombolas
15h30 – 16:00
Coffee Break
16h – 17 h
17h - 17h30
17h30 – 18:00
As ações Afirmativas nas Universidades Públicas Brasileiras: avanços e desafios da educação superior
Prof. Dr. José Jorge de Carvalho – UNB/INCT Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa
Coordenador: Conselheiro Moacir Feitosa – CEB/CNE
Lançamento do Mapa das Ações Afirmativas na Educação Superior pelo INCT Inclusão no Ensino Superior e na Pesquisa
Encerramento